A nova idade do bronze
As aplicações das ligas metálicas na história na humanidade são as mais variadas. Tanto que algumas idades históricas foram nomeadas pensando justamente usando tais ligas como demarcadores da evolução que levou e chancelou um novo estágio de das acumulações técnicas. As idades mais aceitas são as do cobre, do bronze e do ferro.
Porém a um senão nesse tipo de divisão: esses metais eram utilizados primariamente como artefatos de guerra e por isso mesmo mantinham certo foco na rigidez, durabilidade e baixa oxidação. Assim erroneamente foram atribuídas a tais metais características absolutas de evolução, como se a cronologia de suas descobertas significasse imediatamente superioridade total um do outro.
Não é essa a verdade absoluta. A necessidade de um metal está ligada à sua utilidade para as várias vertentes de trabalho, inclusive industriais. Falemos um pouco disso.
Convém lembrar que a princípio o bronze é uma liga metálica advinda da combinação de cobre e estanho, que surgido no Oriente Médio por volta de 3300 a. C. Entre suas diversas utilizações estavam a manufatura de armas e utensílios metálicos, além da fabricação de estátuas. Esse material chega à coloração do ouro quando polido adequadamente, mas possui uma enorme resistência estrutural, facilidade de fundição e uma capacidade de acabamento.
Herança africana
O bronze é o fruto da liga de cobre e de estanho numa proporção variante. A quantidade de estanho variar de 3% até cerca de 25%: na Pré-História a quantidade média costuma rondar 10% de estanho. E mais, o bronze é reciclável, podendo ser fundida múltiplas vezes. A tecnologia de trabalho do bronze é praticamente idêntica à do cobre. Os antigos egípcios extraiam a maior parte do cobre das minas de Tina, em Arava, perto do deserto do Negev.
Além disso, o bronze possui propriedades acústicas e de geração de ondas sinusoidais puras e apresentando um timbre bem distinto, tornando-se assim um metal fantástico para a produção de instrumentos musicais percussivos como sinos e sinetas e instrumentos de sopro variados.
Versatilidade e modernidade
Uma origem nobre que demonstra a grande versatilidade desse metal. Suas aplicações industriais mostram-se ainda mais fascinantes e discretas.
Tomemos por exemplo a bucha de bronze, componente cilíndrico oco e como emprego a sustentação do eixo. Devido a seu baixo atrito é um componente bastante usado no ramo da metalomecânica.
Tal artefato é inserido num invólucro para fornecer uma superfície de apoio para aplicações rotativas; esta é a forma mais corriqueira de um rolamento liso. Essas aplicações estão nas bases estruturais de muitos dos mais necessários sistemas, sejam eles de freio e suspensão de caminhões; britadores giratórios ou de mandíbulas; tratores e Colheitadeiras; turbinas Kaplan, turbinas Bulbo, turbinas Francis e Geradores.
Existem também os anéis de bronze são componentes cilíndricos de espessura reduzida semelhante a discos e servem como espaçadores, molas, calços, almofadas de desgaste e etc.
Sobre um metal discreto e importante
Por tudo isso é possível perceber que as aplicações do bronze em vários ramos da indústria demonstram que sua inserção no mercado é bem mais ampla do que percebemos. A indústria em verdade é algo que está em vários ramos da vida atual ou que pelo menos está na base da indústria que possibilita toda logística do mundo atual.
Seja no ramo do plantio, da geração de energia, ou automotivo a presença do cobre é primordial para o bom funcionamento de toda a sorte de maquinários fundamentais a vida moderna.